17/07/2013

A competência ficou em casa


Nem toda derrota é o fim do mundo. A de Porto Alegre, no último domingo, era - de certa forma - previsível. Bater o Grêmio na casa deles sempre é uma missão muito difícil. Mas o Botafogo jogou com uma postura vencedora apesar de tudo. E, além dos 3 pontos, é isso o que realmente importa em jogos como esse. Se impor é o objetivo, ganhar será a consequência natural.

"Qual é a desse bandeira, seu juiz?"
Dessa vez não aconteceu. Está certo que a arbitragem brasileira, mais uma vez, nos proporcionou mais uma de suas trapalhadas no gol que der a vitória a eles. Botar a culpa da derrota no juiz, porém, é injusto. Nós perdemos porque faltou competência na hora certa. Porque Lodeiro não está rendendo nem metade do que pode, porque Vitinho não tem senso de coletividade algum, porque faltou calma e categoria a Marcelo Mattos na hora de finalizar com Dida rendido no chão. São em detalhes que grandes jogos são resolvidos. E foi no detalhe que sofremos a derrota que nos custou a liderança do Brasileiro.

Há de se ressaltar a atuação de Seedorf, que mesmo sobrecarregado no meio campo fez mais uma bela partida e marcou mais um golaço. Perdemos a chance de dar uma disparada em relação aos demais. Agora é levantar a cabeça e pensar no jogo contra o lanterna Náutico. Porque, esse sim, tem que ser vencido. Jogando com o último colocado e "em casa" não podemos nos contentar com nada menos que os três pontos. Pra cima deles Fogo!

Botafogo ontem, hoje e sempre. - 'M.P.'

12/07/2013

7713 - A aura Botafoguense

Gloriosos e gloriosas do meu Brasil! Ao fim do jogo de domingo todos os botafoguenses de corpo e alma foram dormir com uma certeza: seremos campeões! Se não teve essa certeza, não deve ter analisado os fatos. Sim, porque os fatos reais e concretos, na verdade, são os que vão além do olhar técnico e objetivo do jogo em si. Essa realidade a gente deixa para os idiotas da objetividade. Ou você não foi capaz de notar que o Botafogo assumiu a liderança do campeonato no dia 7 do mês 7 do ano de dois mil e 13?
A materialização da aura do Botafogo no futebol de Seedorf
Todo mundo viu o Seedorf desfilar mais uma vez em campo. Testemunharam Dória parar o artilheiro da seleção nacional. Observaram Gabriel e Marcelo como máquinas de desarme no meio campo... Isso qualquer criança de primário é capaz de perceber. O fato maior está expresso na data, no local do clássico - ou você não lembra que o último clássico que disputamos no Nordeste foi em 1995 -, nos pormenores que compõem a campanha do alvinegro. Nós estamos destinados a levar essa taça! Isso, até um cego de nascença enxergaria - e ele não precisa ver atuações! Aquele, foi o primeiro dia do resto do ano do Botafogo.

Hoje, só não acredita no título quem não acredita no Botafogo. Pois, quando o Botafogo é maior que os fatos concretos, é quando ele é mais forte, é quando ele é mais Botafogo. Não espere, porém, que a gente mantenha a liderança desde essa rodada até a final, mas se existe algo além do resultado em campo no futebol, a conjuntura do momento veio para nos mostrar o nosso futuro.

Na parede de General Severiano
"... Carlito ligou o jogo ao sobrenatural, pôs Deus ao lado do Botafogo (...). Disse ele que Deus viera anunciar-lhe a vitória do Botafogo Um vaticínio divino é algo mais do que um palpite de esquina. No entanto, vejam vocês, nem o jornal que publicou a reportagem, nem o leitor, nem a torcida, ninguém acreditou nem em Carlito, nem na visão, nem mesmo em Deus. (...) Graças ao Carlito criava-se uma relação entre o Botafogo e o sobrenatural (...)."

Que o Deus de Carlito Rocha ilumine nosso caminho até o fim dessa trajetória. E que os jogadores do Botafogo se empenhem e façam o simples, deixem o Botafogo jogar através deles. Esse título já está ligado ao sobrenatural, está ligado à aura do Glorioso.

- Botafogo hoje, ontem e sempre! - 'D.V.'

08/06/2013

Duas noites

Foi necessário esperar duas noites para escrever sobre o jogo entre Botafogo e Bahia. Era importante repensar o jogo, reavaliar o resultado e imaginar que tudo não era nada mais que um sonho ruim - infelizmente não. O resultado só não é pior do que a notícia que se sucedeu dois dias depois: Engenhão fechado por 18 meses. A semana foi difícil.

Não é necessário comentar que o nível do gramado prejudicou diretamente o nível do futebol - principalmente do time do Botafogo, já que o Bahia em 2013 não apresentou nada que se assemelhe com este esporte. Menos ainda comentar que jogadores que dificilmente erram acabaram errando e que existem jogadores que não tem (no momento) capacidade técnica de vestir a camisa mais gloriosa do Brasil. Perdemos por sorte deles, azar nosso. Questão de ponto de vista. É preciso calma! Em todos os sentidos.

Se nosso Engenhão demorará 18 meses para ser reaberto, mesmo que devido ao que parece ser uma manobra política, a torcida precisa protestar contra essa atitude e apoiar ainda mais o time. E a diretoria deve exibir uma solução viável e cômoda para o time e torcida. Se a equipe vem demonstrando um viés de queda, é preciso que a torcida - pelo menos na última rodada antes da pausa, longe de casa - apoie quem vestir nossa camisa. Lodeiro, Dória e Jefferson fazem falta? Sim! Muita! Qualquer time do Brasil sofreria com a ausência de jogadores desse nível, mas não é o momento de fazer a caveira de quem os substitui.

Independente do resultado do jogo contra a Ponte Preta, a partida chave será contra o Fluminense no recomeço do campeonato. É muito importante se despedir com mais 3 pontos e um pouco mais de tranquilidade. O clássico vovô, porém, com os times completos, deve mostrar que caminho seguirá o Botafogo nesse campeonato. Será o início de uma reta até o objetivo primário, que é a vaga na Libertadores, e a conquista maior, que é o título, do Brasileirão ou da Copa do Brasil. Como o time voltará, após a Copa das Confederações, para essa disputa? Ninguém sabe ao certo. Apenas esperamos pelo melhor!

Time que o Botafogo de Corpo e Alma gostaria de ver em campo para o próximo jogo: Renan, Lucas, Bolívar, André Bahia e Júlio César; Marcelo Mattos, Gabriel, Fellype Gabriel, Rafael Marques e Seedorf; Bruno Mendes.

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.

03/06/2013

Caiu no Raulino...


O Engenhão é a nossa casa, e faz falta, muita falta pro Botafogo. Principalmente na questão financeira. É uma vergonha o que está sendo feito pelo nosso governo quanto ao caso, e a nossa torcida não pode ficar calada. Não me levem a mal, mas a verdade é que o modesto Raulino de oliveira tem sido uma bela casa para o Glorioso. Foram nove jogos e cem por cento de aproveitamento.

Lodeiro, o cara do jogo
E ontem, contra um adversário dificílimo, conseguimos sair mais uma vez com a vitória. Foi suado, foi agonizante, mas se tratando do Botafogo é quase sempre assim. Arrisco-me a dizer que foi uma das piores atuações do time no ano. Ficamos completamente perdidos em certas partes do jogo. Fellype Gabriel fez uma falta absurda ao meio campo, que contava ainda com um Seedorf pouco inspirado e um Vitinho muito afobado. Foi a receita do fracasso no primeiro tempo, onde apenas a falha cruzeirense nos primeiros minutos e a sorte de Lodeiro - ao pegar um rebote - nos livraram da derrota.

Foi justamente sorte o que faltou ao Renan na hora do gol de empate do Cruzeiro. Um gol esquisito, que foi consequência de uma zaga estática e passiva, sentindo muita falta do Dória, e que apenas assistiu ao Cruzeiro jogar na primeira etapa. Para o segundo tempo, se enganou quem achava que ia ver um time com uma postura diferente. Oswaldo apostou no cansaço do time mineiro e não fez nenhuma substituição. Acabou dando certo. E foi em outra falha cruzeirense que nasceu o gol da vitoria alvinegra. Nilton foi extremamente imprudente e cometeu pênalti em Lucas. Lodeiro bateu com segurança e botou 2 a1 no placar.

A partir daí o Botafogo se encheu de confiança e aproveitou o fator casa. Tomou o controle do jogo, ainda que com sustos, e segurou o resultado até o apito final. O time do Botafogo vai se mostrando cada vez mais condicionado a partidas difíceis. Vai se desenhando um campeonato em que brigaremos no topo da tabela. Veremos o que o futuro nos guarda. De qualquer jeito, a torcida tem que comparecer e apoiar esse time que vem dando o máximo de si em cada jogo, mesmo diante da crise financeira que enfrentamos. Vamos fazer do Raulino nosso caldeirão enquanto brigamos pela devolução do Engenhão.

Botafogo ontem,hoje e sempre! - 'M.P.'

É clichê, mas é verdade: valeu pelos 3 pontos

01/06/2013

Não há paixão em General Severiano

Se perguntássemos aos botafoguenses se eles ficariam satisfeitos em conquistar 4 pontos nas duas rodadas iniciais do Brasileirão 2013, enfrentado os dois finalistas do campeonato paulista logo de cara, praticamente todos diriam que sim. Ainda mais sendo os finalistas Corinthians e Santos, os dois últimos campeões da Libertadores e dois dos times mais fortes do país nos últimos anos.

Tendo assistido os dois jogos, digo que os 4 pontos ficaram de ótimo tamanho, mesmo sabendo que poderíamos ter conquistado os 6. Foram partidas duras para um começo de campeonato e o time, mais uma vez, demonstrou personalidade para controlar quase que totalmente as duas. Demonstrou também cansaço, ou descaso na marcação, nas duas etapas complementares. O que ficou mais evidente foi que o Corinthians não é aquele bicho papão que venceu o Chelsea, e o Santos não é horrível sem Neymar. O 1 x 1 contra o Corinthians e o 2 x 1 no Santos poderiam ser facilmente invertidos, já que controlamos melhor o primeiro jogo em pleno Pacaembu - com Seedorf em campo -, do que o segundo em Volta Redonda - sem Seedorf em campo.

Nelson Rodrigues diz que "o Botafogo é, com efeito, o clube mais passional do futebol brasileiro". Mas hoje, com Oswaldo de Oliveira, o time é mais cerebral e racional. De repente, por isso, a maioria dos botafoguenses tenha dificuldade de aceita-lo como um bom treinador para o time. Parece faltar-lhe vibração à beira do campo. Falta de paixão é algo que o botafoguense dificilmente admite. Esse toque cerebral que Oswaldo deu ao Botafogo, aliado à técnica primorosa de Seedorf, à disposição de Fellype Gabriel e à habilidade de Lodeiro, misturadas aos outros valores do grupo, tem dado ao Glorioso a calma necessária para decidir os jogos.

Por muitas vezes o time parece cozinhar o jogo, demonstrando pouca vontade. Por alguns momentos não parece ser aquele Botafogo 'pura emoção' que estamos acostumados a ver. Confesso que, durante alguns momentos em que assistia os dois jogos, cheguei a me pegar pensando e fazendo outras coisas, já que tudo parecia resolvido. Se tratando de Botafogo, sabemos que são poucos esses momentos - e que a história não é bem assim.

Devido a essa calma, 'falta de paixão' e  pragmatismo impostos por Oswaldo, é provável que o Botafogo, mais do que nunca, brigue na parte de cima da tabela do Brasileirão 2013. Sem desespero, sabendo exatamente onde quer chegar - e, mais importante, como chegar. Essa reta inicial, em que enfrentaremos ainda o Cruzeiro e mais dois jogos fora (Bahia e Ponte Preta), vai dizer muito do que o time vai fazer no campeonato. É importante que a diretoria se esforce e consiga manter os jogadores para o segundo semestre, pois mesmo sem reforços é a única maneira de almejarmos os objetivos que temos: título da Copa do Brasil e vaga na Libertadores.

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'

25/05/2013

Nas mãos dos palhaços

Como já disse nesse espaço anteriormente, não sou muito chegado às teorias da conspiração, mas algumas coisas são difíceis de se deixar passar. Já havia ficado cismado com a mudança do jogo do Botafogo contra o CRB do dia 15 de Maio para o dia 22 do mesmo mês. A data original era bem mais favorável ao Botafogo. Jogaríamos apenas alguns dias após a conquista do estadual, ainda embalados, e teríamos tempo de recuperar e treinar apropriadamente para a estreia do Brasileirão contra o Corinthians no dia 25 de Maio.

Por motivos ainda estranhos - o que se diz é que foi a pedido da Rede Globo - a mudança aconteceu. Por que a mudança? A Globo não transmitiu nosso jogo no dia 22. Acho que tinham medo que o time das Laranjeiras não passasse de fase na Libertadores e ficassem sem futebol para quarta noite. Acabou que jogamos e vencemos. Com sustos, é verdade, mas cumprimos nossa missão e nos classificamos para a próxima fase da Copa do Brasil.

Porém, o que mais me intriga, é o porquê da transmissão do jogo do time da Gávea contra o time de Santos, ao invés da transmissão de Botafogo versus Corinthians, já que são os dois atuais campeões e ditos melhores times atualmente de seus respectivos estados. Entendo que o futebol hoje é mais uma questão de mercado do que do jogo em si. Mas será que não seria mais interessante transmitir o jogo dos campeões dos dois estados mais populosos do país? Alguns dos principais nomes do campeonato em campo: Seedorf, Lodeiro, Paulinho, Guerrero, Pato, Jefferson, Danilo, entre outros. Em nome de que a Globo preferiu transmissão do outro jogo? Neymar não deve jogar, o rubro negro não tem um nome de peso... Qual o atrativo desse jogo? Acho que o motivo deve ser o mesmo de não terem transmitido uma só partida do Glorioso na Taça Guanabara.

Enfim, a má vontade é grande! Em 2013 já fecharam o Engenhão, já colocaram pilha em discussão entre jogadores, desvalorizam alguns dos nomes do elenco, tentaram diminuir a conquista do estadual, implicaram com o cabelo do Jefferson, tentaram suspender o Seedorf, já adiaram 3 de nosso jogos... E a contagem vai aumentando. O que mais vão tentar fazer? Pode parecer loucura, mas algo há. A caravana, entretanto, não vai parar. O Botafogo vai seguir em frente, contra tudo e contra todos. Torço para que as palavras de Lodeiro sejam verdadeiras e que o time jogue por "orgulho, não por dinheiro."

As novas camisas
Quanto às novas camisas, já li na internet e tive de concordar, apesar de não ser fã das estrelas que colocaram na versão branca e na versão preta, tendo o símbolo do Botafogo é difícil ficarem feias. A tradicional - listrada - achei muito bonita! Vale comprar!


Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'

24/05/2013

Haja coração!

Jogo do Botafogo é assim: resultado que engana quem não viu, e mata do coração quem vê. E contra o CRB foi mais um exemplo clássico. Quem só viu os melhores momentos e a matéria do Globo Esporte pode ter pensado: "classificação, goleada, gol de reservas e até do Rafael Marques". Tudo tranquilíssimo, não é? Não!

O jogo foi nervoso e perigoso em vários momentos. Foi bom ter feito um gol no primeiro tempo, nos deu certa tranquilidade pra continuar a partida. Mesmo assim, Jefferson teve trabalho em alguns lances e o time perdeu muitas chances de matar o jogo. Essa dificuldade que tivemos pra fazer o segundo gol acabou não sendo prejudicial, mas pode vir a ser em partidas contra times melhores. Eu insisto em dizer, e disso todo torcedor sabe, que nós precisamos de um atacante cascudo pra sonhar mais alto nas competições nacionais.

Não que o time seja ruim, pelo contrário, o time é forte demais. Mas ficou evidente ontem que falta quem faça o gol na hora certa. Nesse jogo deu tudo certo, mas nós vamos enfrentar times muito mais fortes que o CRB na temporada. A próxima fase da copa é contra o Figueirense - e a parada já é um pouco mais dura. Mesmo assim, esse time me passa grande confiança.

Principalmente devido à presença de um jogador em especial: Seedorf, que driblou, deu assistência e se cansou no final de tanto que se divertiu em campo. Simplesmente um dos maiores craques que eu já vi jogar. No final das contas, ganhou quem viu, sofreu e vibrou com mais esse passo dado na caminhada da Copa do Brasil. Que venha o Corinthians no sábado! Pra cima deles Fogão!

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'M.P.'


17/05/2013

Matador de urubu


"Em um asilo em Barbacena, num campinho de terra Heleno corria, gordo e sem dentes, imaginando-se num jogo imaginário, onde ele com a camisa do Botafogo fazia o gol do campeonato. Saía comemorando como um criança. Para ele era realidade. (…) Poucos dias antes de morrer Heleno tira do bolso um amassado pedaço de jornal, onde dizia que o Botafogo precisava do Heleno. Louco, doente e quase moribundo ele dizia: Eu preciso salvar o Botafogo."

Esse ano o clássico Botafogo e flamengo completa 100 anos de existência. A ideia do Botafogo de Corpo e Alma é propagar ideias botafoguenses e botafoguistas, sem dar importância direta aos rivais. Mas temos em mente que sem os rivais o Botafogo não seria tão Botafogo quanto é. Os rivais ajudam a definir o que e quem é o Botafogo. Vendo curiosidades sobre o clássico, descobri algo que não sabia: Heleno é o maior artilheiro do duelo. Vinte e dois gols no total. Um verdadeiro matador de urubu. Esse é um dos motivos pelos quais, até hoje, Heleno faz parte da alma botafoguense.

Mário Filho, jornalista flamenguista, relatou um gol épico marcado por Heleno em uma das partidas entre os dois times:

"Heleno estava na linha da chamada grande área, de costas para o gol. Parou com a bola no peito, virou-se com ela ainda no peito, e viu a área cheia de flamengos, o gol lá no fundo. Se deixasse a bola cair no chão, teria de travar combate com vários adversários, que já o cercavam, esperando justamente que ele fizesse o que qualquer um faria. Heleno de Freitas, então, curvou-se um pouco para trás, empinando o peito, deixando a bola onde estava e avançou assim, com ela no peito. Ninguém podia fazer nada contra ele. Se lhe quisessem tirar a bola, pará-lo, travá-lo, era pênalti. Perto do gol, Heleno de Freitas deixou cair a bola e fuzilou o quíper do Flamengo."

Eu, que nasci bem depois da época de Heleno, já fico satisfeito em ter visto outros gols, menos técnicos, porém não menos épicos, que marcaram a história desse duelo para mim. O gol de Maurício em 89, Renato em 97, Loco Abreu em 2010, Alex Alves em 2004, e alguns outros, como os do 3 a 1 do título brasileiro em 95 - todos históricos. Esses são  clássicos entre Botafogo e flamengo que foram (positivamente) marcantes para mim. E para vocês, qual o gol mais importante de Botafogo e flamengo?

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'

14/05/2013

Os escolhidos


"Hoje, mais de meio século depois, eu me pergunto, por mera curiosidade, por que será que não escolhi torcer pelo Flamengo? Afinal, o Flamengo já era o time mais querido do Rio. (...) Em nome de que idéia? (...) Afinidades eletivas, meus amigos. Coisas do coração. Mistérios da alma." - Armando Nogueira, jornalista.


Há certas coisas na vida que parecem acontecer e que já vem definidas para você devido a um capricho divino. É claro que a localização geográfica influencia em muito. Digo isto porque - dificilmente - um menino sueco vai resolver torcer pelo Botafogo. Friso o dificilmente. A introdução (meio confusa) desse texto vai ser explicada pela história que vou contar.


As vezes somos escolhidos independente de nossa vontade ou consciência sobre o assunto. No futebol, os botafoguenses muitas vezes são fruto de um acaso divino. Na minha cabeça, só se pode tornar botafoguense por histórico familiar ou por uma imposição superior. Quando digo imposição superior, estou me referindo a uma definição divina mesmo. Pois, o que levaria alguém sem o histórico de botafoguenses em sua família a torcer pelo Botafogo? Por exemplo, o que levaria um menino de 5 anos a torcer pelo Botafogo quando estávamos passando por derrotas consecutivas em finais para nosso maior rival? Acontece.

O ano era 2009 e eu seguia de ônibus para o trabalho. Era uma viagem curta, cerca de 10 minutos. Entrei devidamente uniformizado com minha camisa do Botafogo - havíamos vencido algum time pequeno no dia anterior. No ônibus, quase vazio, um menino de 5 anos - acompanhado de sua mãe - olha pra mim e sorri. Ali deu pra sentir que era botafoguense. O diálogo que se seguiu, pelo que me lembro, foi mais ou menos assim:

Sorrindo, a mãe dele se vira para mim e diz:

- Esse aqui é botafoguense!
- Escolheu bem. - respondi.
- Pois é, - continuou ela - o pai e o tio são flamenguistas. Não sei da onde ele tirou essa ideia de ser botafoguense.

Fiquei sem resposta. Acabávamos de ser bi-vice para nosso rival, não era um bom momento, sem ídolos, sem muita perspectiva, mas o menino de 5 anos parecia ter sido escolhido.


- O pai já tentou dar camisa do Flamengo, já incentivou ele a ir a jogos e nada. Ele cismou com o Botafogo! - falou a mãe.

Fiz aquela brincadeira tradicional, dizendo que o menino tem bom gosto desde criança, que sabe o que é bom, etc, mas fiquei com essa história na cabeça.

Hoje, 4 anos depois, o menino deve ter cerca de 9 anos. Não sei se ainda é botafoguense. Nunca mais o vi - pelo menos não reconheceria. Acredito que continue sendo, pois uma decisão dessa é difícil de ser desfeita. O Botafogo é um clube especial, de história, ídolos, cismas, paixões e manias únicas, muito além do comum de outros clubes.

Realmente há coisas que só acontecem com o Botafogo. E ter torcedores verdadeiramente apaixonados pelo clube é uma delas.

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'

10/05/2013

Sobre o Botafogo

"O botafoguense é um pessimista que acredita no milagre. E acredita porque o milagre define suas alegrias. O ídolo é como uma estátua automática, porque ganhar pelo Botafogo não é invadir Iraques -- é fazer cair bastilhas. A estrela é solitária, não admite comparação. Há coisas que só acontecem ao Botafogo sim, porque o Botafogo desafia a lógica mundana -- perde de forma profunda e vence... Eternamente." - Gustavo Poli, jornalista do GE.com

08/05/2013

Tudo cem por cento

Seedorf e a Taça

Na última noite de domingo, General Severiano era só alegria. Quem foi à zona sul carioca viu a festa de uma torcida que tomou a sede alvinegra. Aliviada, por gritar campeão, e esperançosa, no futuro de um time que se mostrou competente, habilidoso e frio na hora de decidir. Isso é importante, principalmente em um campeonatos como a Copa do Brasil e o Brasileirão, em que todos os jogos são uma final. Mas voltando ao merecido titulo carioca. Graças a uma campanha perfeita na Taça Rio, nesse último e decisivo jogo nós tínhamos tudo a nosso favor. Desde a vantagem de um empate, passando por um desgastado time tricolor, tudo conspirava para um título adiantado. Porém, o que realmente fez a diferença no final, foi a forma como o nosso time se comportou em campo.

Rafael comemorando sua redenção
Não chegou a ser a nossa melhor atuação no campeonato, mas a vontade de ganhar era evidente e tão forte que, nos primeiros 20 minutos de jogo, foi confundida com violência pelos dois times. Um início quente de partida, que só começou a pegar fogo em relação ao futebol no final do primeiro tempo. Um chute despretensioso, de muito longe, que tinha um destino certo: a redenção de um jogador em especial, Rafael Marques. Ele já havia feito um gol no jogo, que foi anulado incorretamente. Ganhou a chance do jogo quando Dória desviou o chute de Lucas e a bola parou em seus pés de frente para o gol. Era a chance dele, e ele não desperdiçou.

A torcida, que já foi sua pior inimiga, explodiu em alegria, sentindo o cheiro do titulo. O Botafogo voltou com moral do vestiário e não recuou. O Fluminense precisava da virada e tentou vir pra cima, mas não é o estilo de jogo deles. Eles nos ofereceram pouca resistência e nós jogávamos confiantes. Fizemos outros dois gols, os dois anulados, o segundo por conta de um pênalti, que Seedorf desperdiçou no travessão. Acabou não fazendo falta, mas seria legal vê-lo, sendo o jogador que é, o super campeão que se emociona na conquista de um simples carioca, fazer o gol do titulo.


O Botafogo se enche de expectativa para a continuação da temporada. E, apesar de achar que ainda não temos o elenco completo (precisamos no mínimo de um atacante de peso) pra disputa de um brasileirão, eu fico esperançoso também. Não precisamos parar aqui, como disse Seedorf na noite de domingo, esse é só o começo.


Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'M.P.'

04/05/2013

Mete a mão na cara

"Nós temos é que comprar barulho mesmo! Ir dentro dos putos... Não tem que refrescar porra nenhuma! Vai, peita, mete a mão na cara como eles estavam fazendo!" - Oswaldo de Oliveira.


Os jogadores tem quem entrar em campo nesse domingo com o discurso de Oswaldo ressoando em sua cabeça. Ele disse isso logo após nosso único jogo com o time de três cores em 2013. Chega de ser passivo e ver os rivais crescerem para cima da gente na hora de decidir. É o momento de meter a mão na cara de todo mundo.

Tem que meter a mão na cara do Fluminense, atual campeão brasileiro, e mostrar que o Botafogo é gigante. Tem que meter a mão na cara dos jogadores do Fluminense, cheios de marra com as conquistas recentes. Tem que meter a mão na cara do plano de saúde, que financia o time da série C. Tem que meter a mão na cara da imprensa, que demonstra má vontade com o Botafogo. Tem que meter a mão na cara da arbitragem, que tanto erra contra a gente. Tem que meter a mão na cara da prefeitura, que fechou a nossa casa. Tem que meter a mão na cara do TJD, que quer aparecer em cima de nossos jogadores. Tem que meter a mão na cara de cada um que subestima o Glorioso.

E para meter a mão na cara desse jeito, só jogando muito futebol. Se impor. Jogar com a grandeza do Botafogo. Vencer, e assim meter a mão na cara de todos e gritar, como é a fala de Heleno no filme, "meu Botafogo não é lugar de covarde! Meu Botafogo é campeão!"

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'

03/05/2013

Resultado final


Para o torcedor, o que importa é o resultado. Não jogamos bem (mas também não jogamos mal) contra o CRB - levando em conta que estávamos com reservas e jogadores sem ritmo de jogo. Acredito que a maioria, assim como eu, preferia que Oswaldo usasse os titulares e o time voltasse para o RJ com a classificação garantida. Porém, o jogo de domingo e o da volta, no dia 15, é que vão dizer se tudo isso valeu a pena.

Se formos campeões da Taça Rio, e por consequência do estadual, e conseguirmos a classificação para próxima fase da Copa do Brasil, Oswaldo será um gênio. Se um dos dois resultados não se concretizar, será massacrado. Futebol é assim. Não é ciência exata. Muitas vezes, na prática a teoria funciona diferente. Creio que o técnico, certo ou errado na visão do torcedor, deve manter sua ideologia, e morrer ou ser consagrado por ela. Espero que em 2013 as cismas de Oswaldo deem certo.

Espero domingo gritar 'é campeão!' e que o time tenha uma semana e meia para focar no jogo de volta contra o CRB. Pois, a Copa do Brasil sim é o nosso maior objetivo! Queremos a Copa!

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'

* Outras análises: Renato e Andrézinho ainda tem que recuperar muito ritmo de jogo. Vitinho é um bom jogador, mas deve deixar de ser tão individualista. Lima melhorou, mas está longe do nível do titular Júlio César. Edílson foi horrível, assim como Gegê. Bruno Mendes não consegue receber uma bola, e as poucas que recebeu não criou nada. Daria mais chances ao Sassá no time titular, quando possível. No mais, os outros estiveram numa média que não surpreende, mas que também não compromete.

30/04/2013

Todos os títulos de Heleno

Vi essa postagem no blog Aliança Alvinegra e achei muito bom! Peguei emprestado para que possam ler. Segue o texto abaixo.
"Quando os créditos de Heleno começaram a subir, me afundei na poltrona da sala com vergonha por ter demorado tanto tempo para assisti-lo. Na época, não assisti talvez influenciado pela crítica, que o taxou como um filme comum. Mas ao ver a capa em trajes alvinegros, a única de pé (e cheia de si) na estante da locadora, não resisti. E só agora, que vergonha, me dei conta de que não poderia ter ouvido a crítica pelo simples fato de que ela não olha para o filme com os mesmos olhos apaixonados que eu ou você. Para nós, Heleno é um filmaço e o personagem principal merece o Oscar de Melhor Botafoguense.
'Não é o Botafogo, é a sua vida' – diz o médico em dado momento do filme, alertando Heleno para a necessidade de se tratar da sífilis. No que ele responde: 'Doutor, minha vida é o Botafogo'.

E Heleno realmente viveu o Botafogo. Entrava em campo com a faca nos dentes, rejeitava o bicho por empate, quis jogar de graça. Talvez tenha sido o primeiro louco de amor pelo Botafogo. E Heleno viveu tanto dessa loucura que também morreu por ela.

No domingo que vem, o Glorioso entra em campo para disputar mais um título. E, como muitos adoram lembrar, Heleno nunca foi campeão pelo Botafogo. Pobres cegos. Não enxergam que toda vez que o Botafogo é campeão, são as mãos de Heleno que erguem a taça. Não veem que, em qualquer final, o Botafogo entra em campo com onze Helenos. Onze que, assim como ele, repetem: Eu não sou jogador de futebol. Sou jogador do Botafogo." - Aliança Alvinegra

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'

29/04/2013

Sem emoção

O Sr. sabe lá o que é um choro de Pixinguinha? O Sr. sabe lá o que é ter uma jabuticabeira no quintal? O Sr. sabe lá o que é torcer pelo Botafogo?” - Vinícius de Moraes

Onde estão os adversário até agora?
Torcer pelo Botafogo envolve intensas descargas de adrenalina e nível de tensão quase sempre no máximo. Invariavelmente é assim. Em 2013, estou ficando até perdido com jogos 'sem emoção'. Nem parece o Botafogo de anos anteriores, quando - até contra time pequenos - sofria para impor sua superioridade. Tudo bem que tivemos jogos marcantes e muito (in)tensos, como a semifinal e final da Taça Guanabara, e alguns momentos do jogo de volta contra o Sobradinho. Mas, de maneira geral, o time está sabendo se impor esse ano.

Por isso, a minha preocupação não era com o Resende. A minha preocupação era com uma suposta acomodação na vantagem. Esse elenco, porém, tem demonstrado em momentos decisivos maturidade e vontade de vencer. Vamos enfrentar o adversário mais difícil do campeonato até agora, o time mais colorido do Rio de Janeiro. Será uma chance de dar o troco pela derrota do ano passado, mas sem um sentimento de revanchismo, isso pode atrapalhar. Antes ainda temos um importante confronto na quinta feira em Alagoas pela Copa do Brasil - que deve ser nosso principal objetivo no ano.

A cara do Botafogo 2013:
bom futebol, alegria e vontade de vencer.
Voltando ao jogo do Resende. Uma mão define bem o que foi o jogo. Uma mão cheia de gols que nos deixou com uma mão na taça. Os três primeiros gols saíram com naturalidade, sem ansiedade ou desespero desnecessário. A zaga do Resende parecia perdida, muito devido à movimentação de ataque e técnica dos nossos jogadores de frente. Depois disso, o time diminuiu o ritmo, mas sem perder a vontade de fazer gols. Mais solto, fez jogadas de efeito e a vitória poderia ter sido até por uma diferença maior de gols. Espero que seja assim contra o CRB. Na final da Taça Rio, contra o Fluminense, o time precisa só de um pouco mais de atenção na defesa. O ataque deles é rápido e, se deixarmos alguns buracos como fizemos na semifinal contra o Resende, podemos nos complicar.


Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'

27/04/2013

Eu quero é técnica!

Ídolo da técnica alvinegra
"Faço a mesma coisa que sempre fiz na minha carreira. Estou colocando tudo que tenho, com e sem a bola, dentro e fora de campo. Não há nada especial para mim nisso," Seedorf.

Realmente, Seedorf parece ser um dos jogadores de nosso elenco que mais se entrega em campo. Vejo que outros jogadores também o fazem, como Lodeiro, Fellype Gabriel, Gabriel, etc, mas, não sei se devido à superioridade técnica, a entrega do Holandês fica mais evidente. É claro que raça e entrega são dois quesitos importantes na identificação do jogador com o torcedor, mas a técnica ainda é uma característica superior. Aliando as três, um jogador tem tudo para virar ídolo de uma torcida. Que todos no time sigam o exemplo de Seedorf - principalmente na técnica!

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'

26/04/2013

Vamos, mas com calma

Ontem, na hora do almoço, encontrei com minha mãe. Ela perguntou se o jogo do Botafogo havia sido tenso. Muitas vezes, após um dia de jogo, essa é um de nossos primeiros assuntos. Disse que não sabia, estava em uma palestra e não acompanhei o primeiro tempo, e o segundo só ouvi pelo rádio no trajeto Centro - Recreio. Nunca consigo saber exatamente, pelo rádio, o que é um real lance de perigo e o que é exagero do narrador. Ela continuou o assunto dizendo: "parece que sim, estava no quarto e só ouvia seu irmão gritando na sala". Entenda-se por meu irmão, o Matheus (14 anos) que escreve o blog comigo e assina por 'M.P.'.

Vamos com calma, Oswaldo! Matheus, eu e Oswaldo no Engenhão (2012)
Aí, lembrei que, enquanto escutava o segundo tempo pelo rádio, o comentarista dizia que o Botafogo dava espaço pro time de Brasília e teve alguns lances perigosos contra sua meta. Não cheguei a ficar realmente tenso com tais lances descritos. Não sei exatamente o motivo, mas sentia que o time não vacilaria, como em anos anteriores. Certeza de que seremos campeões, não há. Mas, com a Copa do Brasil um pouco mais longa nesse ano, é importante dar um passo de cada vez e jogar cada jogo como uma decisão. Pelo que senti dos torcedores com quem conversei, não foi o que aconteceu. Porém, as poucas vezes que foi realmente testado por bons times nesse ano, o time deu resultado. Prefiro acreditar que vai se focar e definir quando for necessário.

A principal lição que fica para tanto para os jogadores, quanto torcedores e para o próprio Oswaldo, é o que o técnico disse após o jogo:

- O sufoco foi desnecessário em alguns momentos. Durante um jogo de Copa do Brasil, o time atuou como se fosse o Carioca e não é por aí.

Vamos com calma. Jogo a jogo. Sabendo que cada um é uma decisão. Se a garra for a mesma da semifinal da Taça Guanabara e o foco e calma igual ao da final, podemos ganhar de qualquer um.

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'

25/04/2013

Primeiro passo



Botafogo na copa do Brasil é sinônimo de sofrimento. O fraco time do Sobradinho foi suficiente para nos trazer fortes emoções. Começamos com um susto no primeiro minuto, mas Renan, com uma outra bela atuação, nos mostrou mais uma vez o porque ele seria titular absoluto na maioria dos grandes clubes brasileiros. Fez belas defesas quando necessitamos e deu segurança ao nosso gol. E, foi então que começamos a pressionar. Fizemos boas jogadas, trocas de passes e arriscamos bons chutes. Esbarrando quase sempre nas defesas do goleiro adversário, na trave e (principalmente) em um aparente nervosismo. Uma espécie de fantasma, que deriva de um péssimo histórico recente nas primeiras fases da Copa do Brasil. Ou simplesmente um pensamento de achar que venceria a qualquer momento.

Fellype e Rafael, os 'homem-gol' na partida de ontem
Até que, ainda no primeiro tempo, Seedorf fez uma linda jogada com Vitinho e deu a Rafael Marques a oportunidade de marcar o gol mais expressivo que ele já fez com a nossa camisa. Placar aberto e mais tranqulidade pra continuação do jogo. No segundo tempo, o Botafogo continuou tendo o domínio das ações, mas sem muita pressão em cima do Sobradinho - que tentou até emplacar alguns contra ataques. Então, aconteceu o lance que definiu a história da partida. Após a marcação de um escanteio a favor do Botafogo, o árbitro da partida, Rodrigo Amaral, consultou seu assistente, procurou o camisa 4 do Sobradinho e deu o cartão vermelho. Na hora eu fiquei confuso, assim como os narradores do jogo. Só depois fui ver a agressão entre companheiros de time que perderam a cabeça e acabaram trocando chutes e cabeçadas. Melhor pro Botafogo. Depois da expulsão o time do Distrito Federal se perdeu completamente e não demorou muito pro Botafogo matar o jogo. Fellype Gabriel cabeceou e decretou nossa classificação pra próxima fase da Copa do Brasil.

Demos o primeiro passo! Que nós tenhamos tranquilidade e categoria para eliminar o próximo adversário sem necessidade do segundo jogo. E, que esse seja o início de uma gloriosa campanha alvinegra nessa Copa. Espero que nossa estrela brilhe em uma competição nacional novamente.

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'M.P.'

23/04/2013

Sou Botafogo


Sou BotafogoNão é a toa que esse é o nome do nosso plano de sócio torcedor, tem que ter orgulho na hora de vestir essa camisa. Eu tenho 14 anos e, como qualquer adolescente, passo grande parte da minha semana na escola. Na minha idade, esse é o lugar onde mais se discute futebol - é o nosso boteco, nossa mesa redonda. E, como botafoguense apaixonado, eu estou sempre lá, como minoria é verdade, mas sempre com um ótimo argumento, as notícias sempre atualizadas, uma boa zoação. Se tem uma coisa que é verdade, é que todo botafoguense entende bem de futebol. Não existe botafoguense que não ame seu time e o acompanhe sempre. Afinal de contas, ser botafoguense só por onda, pra se sentir sempre por cima, pra se enturmar, não funciona.

Paula (minha irmã) e eu (com 7 anos) na final de 2006
Nas discussões de escola, a cada dez pessoas uma é botafoguense. Ou seja, tem que ser apaixonado, tem que acreditar sempre e tem que apoiar sempre. Deixar a maioria e o recalque para aqueles que não sabem o que é amar um time de verdade. Porque se tem uma coisa que eu amo de verdade é o meu Botafogo. Um amor que começou de forma  linda, quando em 2006 vi maravilhado o Maracanã lotado celebrar o titulo carioca em cima do Madureira. Tinha oito anos apenas. Não importava que fosse só um titulo estadual. Não importava se era só o Madureira. O que importava era ver aquela festa e, a partir dela, tomar uma das melhores decisões que eu já tomei: ser Botafogo.

Paula, eu e Carol na final da Taça Rio 2012
E olha que minha infância, pelo menos em relação ao futebol, não foi das melhores. Vi meu time ser tri-vice estadual, ser eliminado de formas dramáticas (e revoltantes) de duas semifinais da Copa do Brasil, correr risco de ser rebaixamento, ver um timaço como o de 2007 passar em branco, entre algumas outras frustrações. Mas isso só me deixou mais forte frente às derrotas e mais apaixonado frente às vitórias. Me chame de louco se quiser, mas ver o Botafogo ganhar é melhor que qualquer coisa. Sentir a vibração da torcida gloriosa e ter orgulho em dizer: Sou Botafogo.

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'M.P.'



"Nascia, ali, uma simpatia de mão única, pois o Botafogo nem sabia da minha reles existência. Não sabia, nem precisava saber. O futebol é assim: desperta na pessoa um sentimento virtuoso que transcende a amizade, que vai além do amor e culmina no santo desvario da paixão. Tem de tudo um pouco, porém, é mais que tudo. Torcer por uma camisa é plena entrega. É mais que ser mãe, porque não desdobra fibra por fibra o coração. Destroça-o de uma vez no desespero de uma derrota. Em compensação, remoça-o no delírio de uma vitória." - Armando Nogueira, Jornalista

22/04/2013

Só faltam dois


Não foi uma exibição fenomenal, mas foi o suficiente para demonstrar que os meninos que entraram em campo tem potencial. Com um time formado por garotos da base, reservas e terceiras opções do elenco, o Botafogo mostrou que tem algumas peças para ajudar o grupo ao longo do ano. Afinal, o Volta Redonda - mesmo que não seja um grande time - venceu o Vasco - grande candidato ao rebaixamento no Brasileirão. E, esse Botafogo B (quase C) não teve muitos problemas para vencer o Volta Redonda.

De resto, foi uma vitória que mostrou que Bruno Mendes - a princípio - não parece ser isso tudo que esperávamos, mas que é um bom atacante. Fez parecer que Jefferson e Lucas Zen podem ser utilizados ao longo do Brasileiro, e que foi ótima a chegada de Bolívar para formar a zaga com Dória, já que o 'xerifão' Antonio Carlos não é lá essas coisas (quanto buraco na zaga!). Lima foi correto no apoio mas deixou espaços atrás, Edilson ainda tem que pegar muito ritmo de jogo e Gegê ainda carece de experiência. Sobre Henrique, ainda não tenho opnião formada. É difícil dar alguma opinião sustentável em cima de um time que mal treina junto, porém foi o que pude observar.

Para o carioca é só manter a atenção que o título deve vir. Espero que, na quarta feira, com o time titular, a gente confirme nossa classificação em cima do Sobradinho. Já que a Copa do Brasil, essa sim, parece ser nosso real desafio na temporada.

A capa do jornal O Globo desta segunda diz tudo.

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'


19/04/2013

Numerologia alvinegra

Aloísio Birruma
"Se deu certo até agora, por que vamos mudar as camisas para a final?" - Frase atribuída a Aloísio Birruma, roupeiro do Botafogo na final do estadual de 1962, obrigando os jogadores a vestirem uma camisa de manga comprida em pleno verão carioca. Placar final do jogo: Botafogo 3 a 0.

Eu levava uma camisa do Botafogo, que ganhei quando criança, para alguns jogos. Se não me engano, a camisa era de 93 - não tenho certeza. Passei a reparar que, quando levava a camisa, o Botafogo não perdia. Passei a levar a alguns jogos seguidos, até que... o time perdeu. Normal. Procurei outros amuletos. Me liguei que o Matheus, meu irmão que escreve o blog comigo, nunca tinha visto o Botafogo perder no estádio. Foi comigo algumas vezes e a escrita se manteve. Até que um dia ele foi e... o time perdeu. Fui mudando. Passei a ir sempre no mesmo setor, usar a mesma camisa, mesmo tênis,... Certo dia desisti. Hoje, minha superstição é não ter nenhuma. Li uma frase, que não lembro qual botafoguense ilustre a proferiu, que diz: "minha única superstição é torcer pelo Botafogo". Acho que é mais ou menos isso, já que em nenhuma outra área de minha vida sou assim.

Mas ele escolheu a 38
Escrevi tudo isso para chegar ao curioso fato da (re)mudança no número da camisa de nosso atacante Bruno Mendes. Pode não significar nada a alteração de uma camisa de manga comprida por uma de manga curta - ou do número 38 para o 7 e de volta para o 38, como aconteceu com Bruno Mendes. Porém, no Botafogo cada detalhe - como a mudança de um número de camisa - é observado por um outro aspecto. Deve ser a herança dos Birrumas, Carlitos, e outras peças folclóricas de nossa história. O fato é que todo torcedor do glorioso leva algum 'amuleto'. Pode ser uma mania, uma peça de roupa, um objeto, uma rotina... Se o atacante do time voltar à boa fase ao retornar ao seu número 'original' vai contribuir para esse folclore.

A camisa amuleto
Porém, mais um jogo se passou e nada de gol, mesmo com o 'número da sorte'. Pode não significar nada ser o 7 ou o 38. No Botafogo, o 7 carrega história e peso: Garrincha, Jairzinho, Maurício e Túlio, para citar alguns. De repente, vestir a 7 estava pesando no psicológico e no espiritual do futebol (apenas promissor) de Bruno Mendes. Pode ser a camisa. Ou pode ser que ele realmente nunca foi tudo aquilo que parecia. Só o tempo irá dizer. O certo é que, de alguma maneira, ele já 'se contaminou' pelo botafoguismo.

Botafogo ontem, hoje e sempre! - 'D.V.'