08/04/2013

Apenas o que interessa

Vitinho na jogada de seu segundo gol
Domingo, tradicionalmente, é um dia família. Para mim, com um filho de menos de 2 meses, tem sido ainda mais assim. Por isso, esse ano, pouco tenho ido ao estádio. Consegui uma carta de alforria assinada por minha esposa para comparecer à final da Taça Guanabara e assitir in loco ao jogo e o título. Enfim, dei essa volta só para explicar que acabei indo assistir ao jogo desse domingo na casa do meu avô.

Meu avô (73 anos) é torcedor do Olaria. Contra ele, estavam presentes 6 botafoguenses: minha mãe, meu padrasto, minha irmã, minha esposa, meu irmão e eu - 7 se contarmos meu filho, Noé. Assistindo ao jogo na casa de meu avô fica difícil prestar 100% de atenção ao que se passa em campo. Quase não o vejo e, por isso, os assuntos vão e vem e acabam escapando um pouco da partida que está sendo assistida. Junta-se a isso um nervosismo - que eu normalmente tenho em qualquer partida do Glorioso - e a atenção não é total.

Os gols nos trazem de volta. Devido ao árbitro, foram três nesse domingo - senão seriam quatro. No primeiro, mal estava olhando para a TV e só no replay vi o jogador do Olaria patinando e deixando a bola aos pés de Lodeiro - muito ligado no jogo - para fazer seu baile (usando uma expressão da época do meu avô) e seu gol. Lodeiro tem jogado muito bem esse ano e, se conseguir manter o nível, será muito importante para nós.

Com a partida decidida e ainda um pouco revoltado com o erro do juiz, já ajudava à minha esposa com o bebê e pouco ligava para a tela da TV. Foi quando o primeiro gol do Vitinho me trouxe de volta ao jogo. Com os olhos já grudados, consegui acompanhar a belíssima jogada do segundo gol do menino. Golaço! Vitória garantida, mais um garoto da base brilhando e cada vez aumenta mais a expectativa do primeiro título do ano: o Carioca.

O ponto negativo foi apenas ver a tristeza de meu avô, que em breve não vai poder acompanhar mais seu time nem no Campeonato Carioca. Olaria já foi um clube de estrutura média e torcida acanhada. Hoje, penso que não dá nem para chamar de pequeno, e acho que nem torcida tem. Espero que, um dia, os clubes pequenos do Rio tenham uma estrutura similar aos pequenos de São Paulo e a gente possa voltar a ver outros times da capital de nosso estado na primeira e segunda divisão do Brasileirão.


Taça Rio e Carioca

Botafogo levanta a Taça Rio 2012 - Foto tirada da arquibancada
A expectativa é grande e o otimismo quer tomar conta - até dos mais pessimistas como eu. Afinal, sendo torcedor do Botafogo, tento conter qualquer boa expectativa antecipada, já que na maioria das vezes elas não se concretizam. Não que eu duvide desse time, mas é bom manter os pés no chão, assim como os jogadores devem fazer se querem conquistar essa taça. Precaução não faz mal a ninguém.

Hoje, somos favoritos, mas no primeiro turno éramos a zebra. E, todo mundo sabe como essa história terminou. Espero que não nos deixemos tomar pela soberba que era dos nossos adversários na Taça Guanabara e que a gente saiba administrar uma possível vantagem nessas finais. A hora é essa. O ano é 2013.

Botafogo ontem, hoje e sempre!

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